terça-feira, 19 de abril de 2016

Confronto BM x Sem Terra - Praça da Matriz - * Eu estive lá em agosto de 1990 no cerco da Prefeitura de Porto Alegre, fui do Regimento Bento Gonçalves (4º RPMon) e da Avenida Aparício Borges "a Cavalo" como 2º Sargento PM (Comandante do 1º Grupo Montado /Auxiliar do 1º Pelotão Mon. /do 1º Esquadrão de Polícia Montada) depois pegamos a Avenida Ipiranga, seguimos pela Av. João Pessoa, deslocando pelo Túnel da Conceição em direção Avenida Mauá até chegarmos na Na Prefeitura Municipal da Capital dos Gaúchos. Onde lá Permanecemos por horas no Cerco ao Prédio da Prefeitura onde estavam os Integrantes do MST (Movimento dos Sem Terra) até depois de eles saírem de onde estavam e uma vez que lá tinham entrado de um jeito e saíram de outro (visto terem feito a Barba e cortado os seus cabelos no interior da Prefeitura não sei como conseguiram fazer isso ficando diferentes em suas fisionomias, conforme eram os comentários /conversas que se houvia naquele dia). E depois de todo o acontecido da Morte traiçoeira "pelas costa" do Policial Militar na Esquina Democrática feita por um dos "sem terras" que depois junto com outros fugiram dali e se esconderam na parte interna da Prefeitura onde tínhamos feito o cerco para evitar que eles saíssem sem serem vistos; finalmente recebemos a ORDEM para retornarmos ao Quartel... ESSE DESLOCAMENTO E O MOTIVO QUE GEROU NOSSA IDA ATÉ O LOCAL ATÉ HOJE NÃO ME SAI DA LEMBRANÇA!!!!!!!




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* O toque de silêncio, tocado pelo sargento Ivo Soares, do 4º Regimento de Cavalaria Montada, e a colocaçao de flores na frente do monumento em homenagem à Valdeci, no Largo que leva seu nome, marcaram o início da cerimônia, que contou com a presença de muitos oficiais e soldados da Brigada Militar, entre eles o chefe do Estado-Maior, coronel Ataíde Moraes Rodrigues, que classificou o crime como "ato de covardia, Repudiável".
** O coronel Ataíde, no entanto, não rotularia o crime como uma característica violenta do MST, mas "de algumas pessoas com índole violenta". O Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) foi duramente criticado por todos os que falaram na cerimônia, como o vereador Joao Dib, dizendo ser necessário "rememorar sempre esta violência", lembrando que, como vereador, assistiu com seus próprios olhos no interior da prefeitura a "maquiagem dos colonos, com cortes de cabelo e troca de roupas", para evitar sua identificação e com a conivência do então prefeito Olívio Dutra.
http://www.dgabc.com.br/Noticia/109626/vereador-acusa-olivio-dutra-por-conivencia-em-degola-de-pm
15 de agosto de 1990 - A jornada das foices - Numa manifestação em Porto Alegre, um soldado da Brigada Militar é degolado numa batalha campal entre a polícia e os sem-terra - Pontudas e afiadas, empunhadas por homens de braços musculosos e botinas cobertas de terra, centenas de foices fizeram sua mais trágica aparição nos conflitos sociais do país, na quarta-feira da semana passada, na Praça da Matriz, bem no centro de Porto Alegre. Por volta das 11 horas da manhã, quando soldados da tropa de choque tentaram desalojar 400 agricultores que montavam um acampamento a poucos metros do Palácio Piratini, sede do governo estadual, as foices brilharam no céu pela primeira vez - como arma de lavradores dispostos a enfrentar os cassetetes e as baionetas dos policiais. Mais tarde, elas surgiram com seu perfil de Lua minguante no meio da fumaça de bombas de gás lacrimogêneo, do barulho de tiros de revólver, vitrines quebradas e automóveis depredados, de poças de sangue e cacos de vidro. Quase ao meio-dia, num lugar de Porto Alegre conhecido como a Esquina Democrática, que fica no cruzamento de uma das principais artérias da cidade, a avenida Borges de Medeiros, com a chamada Rua da Praia, as foices apareceram novamente - e produziram um cadáver que deixou o país em estado de choque...

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